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Editorial - 31/08/2015 | 13h47m

Poder rico para poucos, miserável para todos

Há quase quatro anos, o que se propôs para a administração da prefeitura de Barra Mansa (RJ) na campanha eleitoral de 2012 não saiu das palavras dos discursos dos então candidatos ao Executivo.

O vitorioso nem de longe conseguiu êxito em seu projeto tão pouco os 19 vereadores do Legislativo vigente.

Ruas, bairros, comunidades, distritos e Centro amargam os mesmos dramas vividos nas principais áreas de sustentação do Poder Executivo. Por aqui: Educação, Saúde, Cultura, Obras, Salários dos servidores (ativos/inativos) e Infra estrutura do município não acordaram desde 1º de janeiro de 2013 para o tão propagado “desenvolvimento” do mandato da prefeitura e legislativo.

Ironia afirmar, que a cidade teve progresso em sua envergadura de município. Por aqui, poucos estão rindo à toa às custas de contracheques pagos com verbas públicas. A maioria da população amarga o trauma, o aborrecimento, o desgosto, a decepção de ter acredito e confiado nas urnas, o voto no político sem prumo nem rumo, sem noção para administrar uma cidade.

Mesmo assim, puxa-sacos acompanham o cortejo com tapinhas nas costas, risos às soltas, sorrisos velados ao que o cargo máximo pode oferecer.

A cidade, com seus aspectos de abandono e maus tratos segue sua rotina absurdamente decadente. Não teve investimentos. Não teve valorização. Não teve nem tem administração nem do que se orgulhar para tal nos próximos meses até a eleição de 2017, quando sucessores levantam nomes para abocanhar as verbas públicas por mais quatro anos com os mesmos discursos mesquinhos de progresso, crescimento dos de sempre, iludindo os mais humildes, enganando os mais distantes do poder, que para poucos representa grandes salários e para maioria, o total esmagamento da cidade, que continuará decadente, roubada das verbas públicas em favorecimento de grupos velados e os seus, órfã de cuidados, zelos e acima de tudo, honradez e moral.

Quanto mais candidatos ao PODER, mais apodrecimento dos discursos.

A prática é a mesma com documentos de posse nas mãos. No mandato, ambições; inimigos viram amigos; poucas instituições continuam com verbas nas mãos; o povo vive à mercê de reuniões dos empossados e costas dos mesmos.

Como diz o velho ditado: “Trocam-se as coisas e os mosquitos são os mesmos!”

Infelizmente, isso é Brasil e faz parte da política nacional.

Quem viver... verá.

Eliete Fonseca - Jornalista Profissional - Reg. MTb. 18.902