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Editorial - 07/12/2015 | 19h25m

Poder Público: administração complicada

O que se presencia desde janeiro de 2013 no município de Barra Mansa (RJ) é que a situação anda muito complicada. Bairros, distritos e locais centrais vivem o caos em sua infraestrutura, o que poderia ter outro tratamento do Executivo, secretários e membros do Legislativo, cujos encaminhamentos não surtem efeito na prática.

 

Áreas vitais como Educação e Saúde não têm o devido carinho no trato administrativo público.

 

Servidores amargam a falta de reajuste salarial há mais de 36 meses. Vivem à espera de algo novo.

 

De algo, que os faça de fato “mudar pra ser feliz”, conforme anunciado pelo então candidato e hoje prefeito pelo PCdoB, Jonas Marins, que até o momento não conseguiu provar para quê veio nem para qual finalidade está na função, amargando críticas de todos os segmentos, que labutam por melhorias no cotidiano urbano e rural da cidade, que devia e tinha que ser em fase de desenvolvimento, mas não é.

 

Barra Mansa não tem um político de peso, que a faça respirar, que a faça ser diferente entre as outras do Sul Fluminense.

 

Engraçado, que no dia-a-dia, cada grupo puxa o tapete de um lado. Uns puxam deixando o rosto à mostra e a maioria, às escondidas, dando os abraços nos tradicionais churrascos de final de semana, festas para grupos fechados, jantares de confraternizações, entrega de certificados, troféus e outros, que façam valer àquela autoridade, que é de fato, quando no fundo mesmo, nada representa para o cidadão comum nem para ninguém.

 

Outra vez às vésperas da eleição de 2016, Barra Mansa vê-se “fatiada” em suas verbas de prefeitura e Câmara Municipal.

 

Surgem aos poucos, os mesmos rostos, os velhos discursos de mudança, os mesmos propagadores de ilusão barata e sem fundamento prático, querendo vender palavras a todo custo para convencer o eleitor a acreditar, a confiar no “novo”, que mais uma vez, de novo nada fará em prol do cidadão e do município, mas para si e para os seus, seguindo a mesma esfera: de não ter cunho para administrar o bem público, suas finanças tão pouco para projetar uma cidade, que carece há décadas, de políticos que valham sua essência, dignidade de seu cidadão trabalhador, indefeso e honesto; que valha seu nome de cidade onde quer que esteja.

 

Por essas e outras, basta sair às ruas ou folhear a história político-administrativa de Barra Mansa para se ter uma noção do que veio, do que está e dos que querem se perpetuar.

 

É muito patrimônio público desviado para poucas mãos e sua genética. O povo fica esquecido, lembrado apenas às vésperas de eleição municipal.

 

A “crise” no poder público é tão grande, que as rodas se avolumam com instintos devoradores e ávidos para o enriquecimento próprio dos longos 48 meses de mandato que vem por aí, para as fartas ocasiões proporcionadas pelos cargos, pelos famosos 0800 e pelas facilidades do Executivo e do Legislativo, que não sabem onde mora, onde se esconde tão pouco o significado do termo C R I S E.

 

Eliete Fonseca – Jornalista Profissional Reg. 18.902