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Editorial - 08/03/2018 | 19h29m

Do antigo para o atual

Há quinze meses no mandato, o prefeito de Barra Mansa (RJ), Rodrigo Drable (MDB) expõe em sua gestão, alguns traços, que deixam marcas em sua postura de administrador público.

Manter a folha de pagamento dos servidores “em dia” foi uma delas. Os acordos com partidos políticos da base com indicações para os cargos comissionados e do primeiro escalão, favorecendo pessoas participantes da campanha eleitoral e o apoio “firme”, mantido desde o primeiro semestre do governo com alguns veículos de comunicação num favorecimento a raros “e os mesmos” divisores das verbas “extras” de publicidade do município.

Da lista negativa, falta servidores em vários setores e principalmente, na sala de aula da grade do Ensino Fundamental de muitas escolas, o que ainda é uma rotina áspera e dolorida de acompanhar! E como faltam! E como ausentam da responsabilidade, que ora tem no fundamento, o salário na conta no final do mês! Isso tudo mantido há meses até a atualidade como se nada acontecesse no contexto escolar e em várias unidades da Secretaria Municipal de Educação.

Na mesma pasta, outro item, que não foi adiante, relaciona-se ao cadastramento dos servidores públicos municipais. Divulgaram cronograma para apresentação de documentos várias vezes. Divulgaram iniciais dos nomes para que tudo fosse feito dentro de uma ordenação. Divulgaram tudo e tudo, sendo que até o instante, nada foi alterado, que se tornasse público e de conhecimento dos principais interessados: os servidores. Nada aconteceu, que valesse tanta divulgação e cobrança para quem tem os dados dentro da lisura e particularidade.

Quanta vírgula está no lugar errado e ocupando espaço indevido no recadastramento, largado aos cantos da prefeitura sob o abandono da gestão pública e à mercê do esquecimento popular.

Outro item, que até o momento carece do olho do administrador maior é a manutenção e o funcionamento do Fundamp.

Operando “no vermelho”, o Fundo de Assistência Médica Permanente dos Servidores Públicos de Barra Mansa tem em sua rotina, filas e filas de contribuintes e dependentes à espera de uma decisão, que carece de urgência do prefeito.

O contribuinte tem o valor descontado no contracheque. Valor, que vai DIRETO para a prefeitura, que não repassa ao Fundamp de imediato.

Cirurgias, que não têm autorização para serem feitas na Santa Casa têm registros aos montes! Dívida com o mesmo hospital se arrasta para pagamento! Profissionais qualificados em diversas áreas da medicina não querem atuar na prestação dos serviços diante do baixo pagamento ofertado para consulta da clientela ou atraso nas datas de quitação!

O servidor sempre fica no prejuízo e à margem de informações burocráticas sobre a real situação do Fundamp e do funcionamento de seus Conselhos (Fiscal e Deliberativo).

No cotidiano, outra carga pesada do prefeito está no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e na Superintendência de Obras e Serviços Públicos (Susesp) com cobranças do contribuinte a todo instante nas redes sociais para execução das demandas diárias dos serviços, sobrecarregando os já desgastados e desmotivados trabalhadores na lida do salário defasado, desatualizado e incoerente para as funções exercidas e tempo de Casa, se comparados aos cargos comissionados e afins oriundos da gestão política de 2017/2020.

No aspecto judicial, prazos de processos são perdidos rotineiramente, deixando mais uma vez a questão da prestação de serviços do órgão público bem aquém do esperado em toda etapa do caminhar da Comarca Municipal!

A cada dia, o que Barra Mansa teve de administração pública de 2013/2016, da gestão Jonas Marins (PCdoB) cai numa página virada.

Devemos analisar os períodos na esfera do Executivo e do Legislativo. Aqui, visão do que se vive e claro, sob o comandando de “um grupo”, que precisa e rápido, mudar o lado negativo com urgência, porque as redes sociais muito usadas pelo prefeito para apresentação do “novo”, estampam também o “velho”, que precisa e rapidamente, mudar o perfil do eleitorado “consciente” e “realista” à busca de outra perspectiva de comando.

Está complicado. Está difícil.

Assim, não dá!

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro MTb. 18.902