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Editorial - 29/08/2018 | 18h52m

Rozan Silva

A tarde de quarta-feira, 29 de agosto de 2018, teve seu registro especial com a despedida de Rozan Silva, presidente do Grêmio Barramansense de Letras (Grebal), falecido aos 50 anos na data anterior, no Rio de Janeiro, onde estava internado há alguns dias.

Alguns meses, conversamos rapidamente na via principal do Centro da cidade. Em poucos minutos, o convite para que eu retornasse ao quadro do Grêmio e passasse a ser ativa frequentadora da Casa, que estava com as portas abertas para receber “meu lado escritora”. Confesso que naquele momento, o susto bateu no flagrante convite. Em casa, o diálogo girou também sobre o encontro e uma possibilidade: o meio literário.

Fizemos contatos via internet e na mesma semana, estava em visita à sede do Grebal. Muito bem recebida, constatei que minha presença ali tinha um significado especial e permaneci por horas, ouvindo os relatos dos últimos anos.

Confesso que deixei a Instituição de ânimo positivo alterado para o retorno, fato que fiz repetidas vezes até ser acolhida pela retirada do presidente para tratamento médico. No mesmo período, sempre mandava mensagens de “melhoras”, “bom dia”, “tudo dará certo” até que, surpreendentemente, o silêncio pra sempre assumiu seu lugar na despedida da tarde de 29 de agosto.

Meu olhar presenciou o Adeus e trouxe para meu cérebro a pergunta: E agora, quem continuará o brilhantismo de uma organização ímpar na história do Grêmio? O que será daqui pra frente?

Olho para o futuro com o desafio para descobrir quem será o autor para registrar cada página a ser o relato daquele que parou muito cada segundo que aqui VIVEU para enaltecer a CULTURA de Barra Mansa dentro e fora do MUNICÍPIO.

Quando nos últimos momentos observava detalhes das últimas homenagens, vivi o passado recente daquele que gentilmente fez o convite de retorno à Casa para nela continuar e somar forças para que todos ali continuem o que deixou e mantenham sua operacionalidade com tanto Carinho, Capacidade, Entusiasmo e TOTAL PAIXÃO pelo que fazia, fez e tenho certeza que, onde estiver, dará “forças” a quem ocupar o espaço que tão dignamente deixou.

Rozan, obrigada pelo convite!

Esteja “sempre” em paz”!

Missão cumprida.

Fará falta.

Sem outras palavras.

Sem chão.

Emocionada.

Descanse.

Até um dia.

Eliete Fonseca
Jornalista, professora, escritora, revisora, diagramadora e Grebalista