Editorial - 02/07/2025 | 16h02m
Barra Mansa e a educação municipal
Com grande experiência no trato da coisa política e pública, o advogado Luiz Antônio Furlani Filho conseguiu nas últimas semanas, dar grande visibilidade ao mandato iniciado dia 1º de janeiro de 2025, à frente do Poder Executivo do município de Barra Mansa, cidade do Sul Fluminense do Estado do Rio de Janeiro.
A gravidade da redução de salário bruto e consequentemente líquido chega aos contracheques dos profissionais da educação com a lei que reduz de 95% para 41%, o Adicional de Magistério, antes conhecido como Regência de Classe. À época, Furlani era vereador em mandato e assinou o documento enviado à Câmara Municipal pelo então prefeito Rodrigo Drable Costa, seu antecessor por oito anos consecutivos à frente da prefeitura.
Não bastasse a violência da situação financeira na rotina dos atingidos, Drable e Furlani com seus pares no Poder Legislativo “avançaram” e tornaram real, a lei alterando o tempo de serviço, igualando à lei federal de 2019, levando muitos servidores públicos municipais de matrícula à situação de total desconhecimento dos fatos, o que até o momento da publicação é mantido por Furlani.
Categoria de greve por mais de duas semanas, Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) assume a situação e mais uma vez, mantendo a total negativa de receber SEPE e também de cumprir o que é acordado, quando recebe, prefeito Luiz Furlani “interpreta” o que seu grupo de apoio determina: não recebe, não cumpra, não mude a lei, mantenha o anonimato e vá às ruas fazer vídeos para postar em suas redes sociais.
Mas e as aulas de muitas escolas já em estado precário de funcionamento? Drasticamente, o “poder dominante local” não tem nenhum interesse na questão da qualidade da educação pública e o município de Barra Mansa confirma essa carimbada, quando não atende representantes dos servidores da Educação municipal, envia lei à Câmara para que 18 dos 19 vereadores assinem – tudo em parceria com o gabinete do prefeito - lei para prejudicar a categoria e ladeira abaixo seguindo as regras da tradicional “política da era do coronelismo sem meia interpretação”.
Vivemos na era da validade do título de eleitor e sua consequência. Quem tem o documento e o usa, tem o peso do voto em seu CPF. Frustração para quem acreditou e votou. Para outros, consciência leve e sem alteração.
Até quando greve continuará?
Até quando prefeito em mandato continuará com a porta do gabinete fechada?
Até quando os alunos continuarão sem professores?
Aqui na mesma postura: tenho título de eleitor, votar é outra situação, infelizmente.
Desejo muita cautela aos atingidos pela administração do mandato 2025/2028. São os mesmos de sempre e o pior: para si e os seus.
Fato.
Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro no Ministério do Trabalho
nº 18.902/RJ – 09/11/1994