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Editorial - 30/06/2022 | 18h18m

Governo Drable perdeu para Educação

Há anos sem reajuste salarial, profissionais lotados com matrícula na secretaria de Educação de Barra Mansa, região Sul Fluminense do estado do Rio de Janeiro aderiram à meia paralisação programada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação, núcleo Barra Mansa/Rio Claro quinta-feira, 30 de junho.

Anterior à data integrantes do sindicato formalizaram no gabinete do prefeito reeleito Rodrigo Drable Costa um documento, pedindo agenda para tratar da precariedade dos salários e o não pagamento da lei federal de 2008, do Piso Nacional da Educação Básica.

A decisão do prefeito foi a de não receber integrantes do SEPE e também de nada analisar sobre reajuste salarial nem cumprimento da lei federal.

Num processo, que determinou grande adesão à meia paralisação, o sindicato da categoria foi o vitorioso em vários momentos dos atos ocorridos na parte da manhã e à tarde.

Faixas, cartazes, fotos, vídeos, gritos de insatisfação com o governo do prefeito Rodrigo Drable Costa e sua vice, a professora de matrícula na SME e pré-candidata a deputada federal na eleição de outubro, Fátima Lima, tomaram pulso em frente à prefeitura.

Nas redes sociais, o evento ganhou popularidade no meio religioso, político, social e todo perfil, que pudesse dar destaque ao ato do prefeito em relação à educação pública e também à conduta da Guarda Municipal.

Num vídeo, momento que um integrante da GM dá ordem de prisão a uma professora, colocando-a à força num veículo da Segurança Pública destino delegacia de polícia civil, onde minutos depois, a profissional voltou à rotina.

Sem nenhuma dúvida, integrantes do SEPE Barra Mansa/Rio Claro e categoria extrapolaram a coisa política do Executivo e Legislativo local (a maior parte dos 19 vereadores com acordo político com Drable), mostrando a força e o dinamismo no ato de protesto em prol da educação, vítima do arrocho salarial, da omissão do chefe do Executivo, sua vice e o Legislativo, da ditadura do Poder contra os menos favorecidos, mas ávidos por justiça e pelos direitos trabalhistas adquiridos através da legislação específica e de muitos anos na profissão.

No ato de 30 de junho, SEPE e categoria mostraram, que finalmente, Drable e seu governo perderam e de forma profunda para a Educação municipal.

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro no Ministério do Trabalho
nº 18.902/RJ