O ordenamento jurídico é excelente no Brasil, de acordo com especialistas e estudiosos há anos no assunto, mas como toda regra há pontos divergentes e um deles, que causa muita discussão em 2023 é o cumprimento da lei federal do Piso Nacional da Educação Básica.

A sociedade mudou de forma veloz o perfil dos jovens estudantes, mas a rotina da sala de aula e do professor não acompanhou tanta correria.

Com salários muito baixos, cansaço, excesso de serviço dentro e fora do ambiente escolar, o futuro traz a decadência imediata das escolas públicas (municipal e estadual), abrindo espaço para empresários ganharem muito dinheiro com empresas (escolas), que oferecem ensino de qualidade às custas de muito dinheiro de pais e responsáveis.

Longe da falta de cumprimento da lei federal do Piso, após formaturas, jovens não encontram opções no mercado de trabalho para validar tanto investimento, porque o mercado não seleciona, mas exclui muitos anônimos, filhos de humildes e desapadrinhados de caciques com situação financeira definida. Então o ato de estudar é algo a ser questionado no presente e no futuro, levando muitos jovens a terem outras opções, o que também acontece com o magistério no Brasil.

Constituição de 1988 tão enaltecida, mas a prática é muito distante do que o registrado no papel. Aliás, tudo que gira em torno da coisa política e pública brasileira tem dois focos: teoria e realidade que, dos livros para a prática assemelha-se à água e óleo: cada um no seu espaço.

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Registro no Ministério do Trabalho
nº 18.902/RJ